Jovem DJ estreia programação cultural com hits do brega paraense

DJ Ewerton, como é conhecido artisticamente, tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) Nível 1, é apaixonado pela música e foi apoiado pela família para se apresentar, tornando-se símbolo de inclusão e inspiração.

Crédito: Joyce Assunção

DJ Ewerton ao lado do pai durante apresentação na segunda Domingueira, realizada no Jurunas, em Belém (PA).

A segunda edição da Domingueira levou música, serviços e muita inclusão ao bairro do Jurunas, em Belém (PA), neste domingo (07). Em uma tarde marcada por inclusão e acessibilidade, a programação reuniu atrações culturais com intérprete de libras e a estreia de um jovem DJ autista, mostrando que é possível construir um espaço de acolhimento e celebração coletiva que contemple todos os públicos.

Diferente da primeira edição, a Domingueira teve seu espaço ampliado: foram ocupados 14 mil m² ao longo da avenida 16 de Novembro, em frente ao Espaço São José Liberto, para que o público aproveitasse com mais conforto as atrações ofertadas mais a programação musical.

A Domingueira também foi a oportunidade perfeita para a estreia do jovem Ewerton Oliveira. Com apenas 15 anos, o jovem DJ subiu ao palco e animou o público com um setlist cheio de sucessos do brega paraense. DJ Ewerton, como é conhecido artisticamente, tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) Nível 1, é apaixonado pela música e foi apoiado pela família para se apresentar, tornando-se símbolo de inclusão e inspiração.

Crédito: Joyce Assunção

DJ Ewerton acompanhado pelo pai, Pedro Paulo Miranda, na apresentação da segunda Domingueira, realizada no bairro do Jurunas, em Belém (PA).

“Eu gostei muito da experiência, foi muito boa. Foi um prazer receber esse grande convite da Prefeitura de Belém. Procurei apresentar muitos sucessos dos nossos bregas”, enfatizou o adolescente, visivelmente emocionado com a estreia.

O pai de Ewerton também é DJ. Pedro Paulo Miranda falou com orgulho sobre a trajetória do filho, que é um apaixonado pela música desde muito pequeno:

“Com cinco anos de idade, o Ewerton me pediu um computador para escutar música. Eu decidi incentivar. Pra mim, é muito bom ver ele tocando em eventos como esse, até porque ele já se apresenta em outros menores e particulares, então é muito gratificante ver ele desse jeito, como um DJ”, enfatizou, sem esquecer que é a inspiração para o próprio filho.

Intérprete de libras na Domingueira

Outro momento especial foi a participação do Grupo Sonância, que apresentou três canções (dois bregas e um carimbó) interpretadas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). A proposta transformou a música além do som, tornando-a acessível para todos.

No público, a estudante Yasmin Santos, de 13 anos, acompanhou empolgada e também interpretou em Libras a canção “Curió do Bico Doce”. Ela já estudou dois anos da língua e celebrou a iniciativa: “É muito legal essa programação porque a gente pôde trazer e estimular a inclusão. Eu amei essa iniciativa”, disse a jovem, que estava acompanhada da família.

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