Estudantes de 12 escolas públicas de Belém e uma de Ananindeua participaram da oficina de Saúde e Prevenção nas Escolas, realizada na Escola Estadual Cordeiro de Farias, nesta terça-feira, 10, para promover o diálogo e a troca de experiências sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, HIV, AIDS e hepatites virais. O encontro foi promovido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Coordenação Estadual de DST/Aids e Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Entre dinâmicas de grupo, vídeos e palestras, os adolescentes puderam compartilhar com os profissionais as visões sobre as doenças e desmistificar conceitos, por meio da metodologia de educação de pares, preconizada pelo Ministério da Saúde, na qual o jovem constrói conhecimento para outro jovem.
Atento aos temas, o estudante Felipe Cunha, 18 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual Augusto Montenegro, aprovou a abordagem usada na oficina e falou sobre a necessidade de orientar os jovens, tanto em casa quanto na escola. “São assuntos que estão na nossa realidade e precisamos estar cientes de como nos prevenir e de como conviver e respeitar as pessoas que já possuem essas doenças. Quero sair daqui com o máximo de conteúdo para repassar aos meus amigos”, disse.
O projeto “Saúde e Prevenção nas Escolas” promove o engajamento da sociedade, família, estudante e escola para a discussão de temas com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento da cidadania, dentro das temáticas da participação juvenil, saúde sexual e reprodutiva, diversidade e cidadania.
De acordo com Roberto Paes, coordenador municipal da Referência Técnica de DST’s, AIDS e Hepatites Virais da Sesma, os jovens precisam entender a importância da responsabilidade compartilhada quando de trata de relacionamento sexual. Segundo ele, também há uma grande dificuldade, hoje, dos jovens realizarem os testes rápidos por causa do preconceito que existe com as doenças sexualmente transmissíveis.
“Em 2015, nós estimamos a ocorrência de 231 novos casos de HIV entre adolescentes e jovens, na faixa etária de 13 a 24 anos, somente em Belém. Em função do crescimento da infecção do HIV neste grupo, consideramos esses dados preocupantes, o que faz com que intensifiquemos o trabalho informativo junto a essa população”, explicou Roberto.
Paes reforçou que, atualmente, os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites virais estão disponíveis em 23 Unidades Municipais de Saúde e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Av. Tamandaré esquina com a Travessa São Pedro. Todos são de graça e com resultado em poucos minutos.
A oficina do SPE é o ponta-pé inicial da programação do Dia Mundial de Luta contra Aids, celebrada no dia 1º de dezembro, cuja programação terá o 1º Concurso de Jingles com o tema “Jovens unidos na luta contra a AIDS”, ações de prevenção em shoppings, blitz educativa e ação de cidadania na Praça da República no dia 06 de dezembro.
Texto: Paula Barbosa
