De 9 a 14 de maio, a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), estará realizando a terceira edição do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), pesquisa cujo objetivo é mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, alertar as autoridades de saúde para os possíveis bairros e localidades com maior risco de surtos de casos de dengue, zika e chikungunya, doenças que são transmitidas pelo vetor.
O levantamento é feito a cada dois meses em quase 23 mil imóveis nos oitos distritos de Belém. “A vistoria é feita por agentes de controle de endemias devidamente identificados, que avaliam a ocorrência de focos do mosquito, criadouros predominantes, como lixo, recipientes plásticos, caixas de passagem de água, tanques de água e vasos ornamentais. Essas informações possibilitam a intensificação das ações de combate ao vetor nos locais com maior presença do mosquito”, explica David Rosário, coordenador da Divisão de Controle de Endemias da Sesma.
Nos dois LIRAas realizados este ano, Belém teve uma redução no índice de infestação de 2,5% em janeiro para 1,6% em março. “Continuamos em estado de alerta em relação à proliferação do mosquito, por isso estamos realizando constantemente mutirões, vistorias mais detalhadas, ações em parceria com outras secretarias e entidades civis e militares, abordagem educativa em escolas entre outras medidas. Com as informações do LIRAa, a população também toma conhecimento da incidência do mosquito em seu bairro e pode tomar medidas de prevenção para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, garante o coordenador.
De janeiro a abril de 2016, foram notificados 1.280 casos de dengue, sendo 252 confirmados, com maior incidência nos bairros do Marco, Pedreira e Sacramenta. No mesmo período, foram registrados 76 casos suspeitos de chikungunya e um caso importado (doença adquirida em outra cidade) foi confirmado. De zika, foram notificados 1.014, sendo confirmados quatro casos.
Texto: Paula Barbosa